Quando o edema nas pernas é o acúmulo anormal de líquido nos tecidos das pernas e tornozelos, causando inchaço visível e desconforto, muitas pessoas sentem as calças apertarem e a mobilidade ficar limitada. A retenção de líquidos pode ser apenas incômoda ou sinal de um problema de saúde mais sério. A seguir, descubra como identificar as causas, aplicar estratégias práticas e saber quando buscar ajuda médica.
Em termos simples, o edema ocorre quando a pressão dentro dos vasos sanguíneos é maior que a capacidade de drenagem dos vasos linfáticos. O resultado é o transbordamento de plasma para o espaço intersticial, que se manifesta como inchaço. Nas pernas e tornozelos, a gravidade favorece esse acúmulo, principalmente ao final do dia.
O corpo normalmente regula o volume de líquido através dos rins, coração e sistema venoso. Quando qualquer um desses sistemas falha, o excesso se acumula.
Embora o edema leve seja frequentemente benigno, alguns sinais indicam necessidade de consulta urgente:
Nesses casos, procure um clínico geral, cardiologista ou nefrologista, conforme o sintoma predominante.
Se o inchaço for moderado e não houver sinais graves, adote as seguintes medidas, que costumam trazer alívio em poucos dias.
Eleve as pernas acima do nível do coração por, pelo menos, 15 minutos, três vezes ao dia. A gravidade então ajuda a drenar o líquido de volta ao sistema circulatório.
Use meias graduadas (30‑40mmHg) para pressionar suavemente a superfície da perna. Elas mantêm as veias abertas e facilitam o retorno venoso.
Pratique caminhadas leves, flexões de tornozelo ou pedaladas em bicicleta ergométrica. Cada contração muscular funciona como uma bomba que empurra o sangue para cima.
Com as mãos, pressione a pele em direção ao coração, começando do tornozelo e subindo. Técnicas profissionais de drenagem linfática são ainda mais eficazes.
Beber água suficiente (2‑2,5L por dia) reduz a retenção, pois os rins enxaguam o excesso de sódio. Curiosamente, a desidratação pode piorar o edema.
Limite o sal de mesa a menos de 5g/dia e evite alimentos industrializados, embutidos, molho de soja e sopas em pó. Substitua por ervas frescas, limão ou vinagre para dar sabor.
Além disso, inclua alimentos diuréticos naturais, como melancia, pepino, aspargo, chá verde e hibisco.
Uma dieta equilibrada ajuda a controlar a pressão osmótica e favorece a eliminação de líquidos.
A ingestão de potássio é essencial para equilibrar os níveis de sódio e melhorar a função renal costuma ser subestimada, mas tem papel crucial no controle do edema.
Em casos onde as medidas caseiras não bastam, o médico pode prescrever fármacos.
É fundamental não iniciar nenhum remédio sem orientação profissional, pois o excesso de diurético pode levar a hipocalemia (baixo nível de potássio) e piorar o quadro.
Mesmo seguindo todas as recomendações, se o edema persistir por mais de duas semanas ou evoluir, agende uma consulta. O médico solicitará exames como:
Esses exames ajudam a diagnosticar a causa subjacente e a definir um plano de tratamento adequado.
| Abordagem | Eficácia (ideal) | Quando usar | Risco / Contra‑indicação |
|---|---|---|---|
| Elevação + compressão | Alívio em 24‑48h | Edema leve a moderado, sem dor intensa | Problemas de circulação arterial grave |
| Exercícios aeróbicos leves | Reduz volume em 15‑30% ao longo de semanas | Necessário manter rotina diária | Lesões ortopédicas pré‑existentes |
| Diuréticos prescritos | Rápida perda de líquido (até 2L/dia) | Edema persistente ou associado a insuficiência cardíaca/renal | Hipocalemia, desidratação, queda de pressão |
| Tratamento de causa subjacente (ex.: revascularização) | Resolutivo a longo prazo | Edema crônico devido a doença venosa ou cardíaca avançada | Procedimentos invasivos, requer avaliação especializada |
O inchaço pós‑treino costuma ser temporário, aparece nas primeiras 24h e desaparece com descanso. O edema, por outro lado, persiste ao longo do dia, pode piorar ao ficar em pé e geralmente está associado a fatores como sódio, veias frágeis ou problemas cardíacos.
A Organização Mundial da Saúde recomenda menos de 5g de sódio por dia (cerca de 1 colher de chá de sal). Reduzir ainda mais pode ser benéfico para quem tem pressão alta ou edema crônico.
Em geral são seguras, mas quem tem doença arterial periférica grave ou neuropatia severa deve consultar o médico antes, pois a pressão excessiva pode comprometer a circulação.
Idealmente, três vezes ao dia, mantendo as pernas acima do nível do coração por 15‑20min. Se possível, faça antes de dormir para intensificar o efeito.
Se o inchaço for unilateral, doloroso, acompanhado de calor e vermelhidão, há risco de TVP. Nesse caso, procure urgência médica para avaliação com ultrassom Doppler.
Consultoria Valquíria Garske
outubro 7, 2025 AT 13:32Olha, acho que esse medo de retenção de líquido nas pernas é meio exagerado, né? Muitas vezes a gente se preocupa demais com um inchaço que pode ser só resultado de ficar muito tempo em pé. Trocar uma água por uma caminhada curta já ajuda bastante. No fim das contas, não precisa virar monge da dieta.
wagner lemos
outubro 14, 2025 AT 09:32Vamos ao ponto: o consumo de sódio acima de 5g/dia aumenta a pressão osmótica no interstício, forçando o líquido a permanecer nos tecidos periféricos, especialmente nas pernas e tornozelos. Além disso, a atividade física insuficiente impede a contração muscular que normalmente impulsiona o retorno venoso. Quando somamos ainda a permanência prolongada em pé, criamos um ambiente perfeito para edema. Pessoas acima de 60 anos têm ainda menos capacidade de filtração renal, agravando o quadro. Por isso, reduzir o sal para menos de 3g, praticar ao menos 3 horas de exercício leve por semana e usar meias de compressão são intervenções comprovadas. Ignorar esses fatos pode levar a complicações como insuficiência venosa crônica.
Jonathan Robson
outubro 21, 2025 AT 05:32Concordo com a necessidade de manejo multidisciplinar; a abordagem fisioterapêutica, associada ao controle de ingestão de eletrólitos, maximiza o retorno linfático. Recomenda‑se, ainda, a monitorização de pressão arterial periférica para avaliar a correlação com a sobrecarga hídrica. Em contextos clínicos, a utilização de diuréticos de baixa dose pode ser indicada, mas sempre com acompanhamento médico para evitar desbalanço eletrolítico.
Luna Bear
outubro 28, 2025 AT 01:32Ah, a retenção de líquidos, o assunto que ninguém quer admitir que tem até duas pernas e umas meias compridas. Se você acha que só falta trocar o sal por açúcar, tá no caminho certo… ou não. No fim das contas, levantar um pé de cada vez já faz diferença, mesmo que o universo não se importe.
Nicolas Amorim
novembro 3, 2025 AT 21:32Um detalhe prático: beber água ao longo do dia ajuda os rins a eliminar o excesso de sódio, então não se esqueça de hidratar
😊. Além disso, elevar as pernas acima do nível do coração por alguns minutos antes de dormir reduz a pressão venosa.
😉